“Como a adesão plaquetária facilita quadros infecciosos em um diabético?”
A disfunção endotelial tem sido documentada no diabetes (DM), em indivíduos com resistência à insulina ou com alto risco para desenvolver DM do tipo 2, nos quais a hiperglicemia está associada a um aumento do estresse oxidativo, levando a um incremento na formação de radicais oxigênio tais como o superóxido, que reage com o óxido nítrico do endotélio, levando à sua degradação e consequente adesão plaquetária, acarretando em uma aterosclerose (uma das principais causas de morte em diabéticos), além de infecções. Evidências de que a disfunção endotelial ocorra no diabetes, são indicadas pelos valores plasmáticos elevados do fator de von Willebrand, comprometimento da liberação de prostaciclina e do ativador do plasminogênio e redução da atividade da lipase lipoprotéica.
Por causa da localização anatômica estratégica das células endoteliais entre o sangue circulante e os tecidos, estas células têm a capacidade de percepção das alterações nas forças hemodinâmicas e mediadores produzidos localmente ou circulantes e de responder a estas alterações pela produção de um número de fatores biologicamente ativos. Os fatores derivados do endotélio podem modificar profundamente a função plaquetária bem como o estado contrátil e proliferativo das células musculares lisas vasculares.
Microalbuminúria
Microalbuminúria é um exame feito para verificar se há problema nos rins; o teste é feito para identificar albumina na urina. O desenvolvimento da microalbuminúria no paciente diabético se caracteriza por um progressivo grau de comprometimento endotelial, pelo fato dessa proteína que é bastante importante na proteção contra infecções, e ajuda na coagulação sanguínea está sendo liberada na urina. Além disso, pacientes com diabetes do tipo 2 com freqüência apresentam um largo espectro de fatores de risco cardiovasculares, que por si só contribuem em graus variáveis para a disfunção endotelial. Apesar destas controvérsias, o conceito de disfunção endotelial como um mediador potencial para um risco aumentado de complicações cardiovasculares no diabetes, especialmente no estado microalbuminúrico, está adquirindo progressivamente maior suporte.
No DM do tipo 1 o estado diabético predispõe para a alteração endotelial mas não é suficiente para causá-lo, são necessários outros agentes, como genes e o ambiente.
Referência: www.scielo.br
Grupo de Bioquímica da Diabetes
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