sábado, 29 de janeiro de 2011

Hemoglobina Glicada


Hemoglobina glicada é um conjunto de substâncias formada a partir da reação da hemoglobina A (HbA)  com alguns açúcares. A ligação entre a HbA e a glicose é o produto de uma reação não-enzimática definida como glicação. A HbA1 é a forma de representar a hemoglobina ativa ligada com alguma outra molécula, podendo ser glicose ou um outro carboidratos.

A hemoglobina é altamente permeável a molécula da glicose, permitindo assim que a hemoglobina se encontre na mesma concentração plasmática que o sangue. Logo quanto mais glicose você tem no sangue, mais hemoglobina glicada haverá no seu sangue. Sendo assim, métodos para a dosagem da A1C, tornou-se um exame no controle do diabetes.

Pessoas não diabéticas normalmente possuem 5% de A1C, enquanto que os diabéticos não tratados podem chegar a 20%. Em indivíduos diabéticos é recomendável que seu nível de A1C não ultrapasse 7% (ou de 6,5%, de acordo com algumas sociedades médicas).

Uma pessoa estará associado a um risco progressivamente maior de complicações crônicas quando estes valores estiverem altos. Dessa maneira, pesquisadores avaliam a porcentagem da hemoglobina glicada como um prognóstico da saúde dos diabéticos. Mostrando se ele pode ter um quadro de complicações crônicas ou não.

Este é um teste bem complexo, pois existem vários tipos de hemoglobina. Podendo indicar valores inexatos.

O exame da hemoglobina glicada relata uma retrospectiva sobre dois a quatro meses precedentes. Os DM devem realizar um teste de A1C a cada três meses, o qual fornecerá dados que expressam a glicose sanguínea média no passado recente. Permitindo que seu controle glicêmico seja mais bem realizado, podendo evitar complicações futuras.

Os níveis de A1C demoram entre oito a dez semanas para se normalizarem após uma a adaptação da glicemia sanguínea. Logo quando se quer ver se um tratamento está atingindo valores de glicemia ideal, este nem sempre é o exame mais apropriado.

O controle glicêmico é extremamente importante, pois um estado de constante hiperglicemia acarreta grandes complicações. Promovendo o desenvolvimento de lesões orgânicas extensas e irreversíveis, afetando os olhos, os rins, os nervos, os vasos grandes e pequenos, assim como a coagulação sanguínea.




Os níveis hiperglicêmicos intoxicam o organismo diabético por meio de três mecanismos: glicação da proteína, hiperosmolalidade e aumento dos níveis de sorbitol intracelular.


Estudos revelam que o crescimento de 1% da hemoglobina glicada corresponde a um aumento médio de 25 a 35 mg/dl na glicemia. E uma elevação de 3% é relativa a uma glicemia media que se mantém acima de 200 mg/dl.

  
Para se manter o nível glicêmico ideal é necessário que se leve em consideração estratégias para que o diabético fique sem seqüelas. Deve-se garantir crescimento e desenvolvimento adequados; baixo risco de hipoglicemia, principalmente em crianças com menos de 8 anos de idade, pois estas ainda não possuem um desenvolvimento neurológico completo ; e minimizar o risco de desenvolvimento precoce das complicações crônicas.



Nível de
A1C (%)

Interpretação
Glicose media
(mg/dl)

4
Faixa dos valores de
Referenciais
65

5
Faixa dos valores de
Referenciais
100
6
Meta a ser alcançada no
paciente diabético
135
7
Meta a ser alcançada no
paciente diabético
170
8
Necessidade de
intervenção terapêutica
205
9
Necessidade de
intervenção terapêutica
240
10
Necessidade de
intervenção terapêutica
275
11
Necessidade de
intervenção terapêutica
310
12
Necessidade de
intervenção terapêutica
345


Pesquisas mostram que para crianças o valor da hemoglobina glicada deve ser inferior a 8%  na puberdade- inferior a 7%. Considerando nas crianças e nos idosos o nível de A1C de até 8% pode ser considerado apropriado devido a maior probabilidade destes sofrerem hipoglicemia. Já em gestantes, não se sabe uma faixa certa, por isso o mais indicado é procurar manter a glicemia mais ideal possível.



Laís Gomes Fonseca
Referências:




http://saude.hsw.uol.com.br/teste-a1c.htm

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