Inibidores de alfa-glicosidase.
Além da insulina, e da Bomba de insulina, existem outros mecanismos para controlar o nível de glicose no sangue, como por exemplo os inibidores de alfa-glicosidase, que são consumidos na forma de comprimidos, com o nome de Precose (acarbose) e Gliset (miglitol).
Ambos os medicamentos trabalham no intestino delgado, onde os amidos e as móleculas grandes de açúcar são decompostos e absorvidos. Uma das principais enzimas que permite a absorção de glicose no sangue é a alfa-glicosidase. Esta enzima está no revestimento do intestino delgado e sua eficiência é parcialmente bloqueada por estes medicamentos. Em conseqüência, a glicose é absorvida mais lentamente e parte dela pode nem ser absorvida, mas digerida por bactérias encontradas mais abaixo no intestino. Este atraso na absorção de glicose pelo sangue ajuda a prevenir as repentinas altas que podem ocorrer após as refeições.
Efeitos colaterais: diarréia e produção intensa de gases. (por isso não é muito bem aceito)
Tiazolidinodionas(Glitazonas)
As tiazolidinodionas, comumente chamadas de glitazonas, mais controverso grupo de medicamentos disponíveis para tratar a diabetes. Pela primeira vez na história, estava disponível um medicamento para diminuir o principal problema da diabetes tipo 2: a resistência à insulina. (1997)
As glitazonas agem nos genes das células de gordura e também podem agir em qualquer parte do corpo. Elas começam estimulando uma molécula chamada PPAR-gama; esta estimulação tem muitos resultados. A PPAR-gama faz com que as células de gordura absorvam mais ácidos graxos e glicose, deixando poucos ácidos graxos para as células musculares. Estas células voltam a usar glicose como fonte de combustível preferida e, conseqüentemente, aumentam sua sensibilidade à insulina. Isto é significativo, já que os músculos normalmente absorvem até 80% da glicose de uma refeição.
Mudanças significativas também ocorrem nas células beta do pâncreas. Primeiro, a queda nos níveis de glicose e de ácidos graxos resulta em níveis menores de insulina no sangue. Esta queda, combinada com o que parece ser um efeito de proteção direto das glitazonas sobre as células beta, beneficia tanto estas últimas que elas são capazes de se recuperar do estresse da diabetes e da síndrome metabólica, vivendo muito mais tempo. Portanto, as glitazonas na verdade podem prevenir o declínio que eventualmente leva à incapacidade do pâncreas de secretar insulina e a necessidade subseqüente de injeções desta substância. São encontrados no mercado como Actos e Avandia.
Até agora, os efeitos colaterais destes medicamentos parecem ser bem poucos. Ganho de peso, risco aumentado de hipoglicemia se combinados com determinados fármacos antidiabéticos, risco maior de gravidez, anemia, edema (retenção de líquidos) e irritação hepática são possíveis efeitos colaterais tanto do Actos como do Avandia.
As glitazonas demoram mais para agir no seu corpo do que a maioria dos medicamentos antidiabéticos. Pode levar até quatro meses para que o paciente veja o efeito completo o medicamento.
Alimentação e hábitos saudáveis.
Com uma alimentação adequada e prática frequente de exercícios, a Diabetes pode ser evitada. Para quem já é diabético, essa combinação pode atenuar os “efeitos colaterais”.
Para uma alimentação saudável precisamos seguir as 4 leis da Nutrição.
Lei da qualidade: A dieta deve ser composta por alimentos que forneçam todos os nutrientes necessários ao indivíduo. O princípio dessa lei é alimentar-se com qualidade, suprindo as necessidades de proteínas, carboidratos, lipídeos, vitaminas e minerais diárias.
Lei da quantidade: Cada indivíduo tem a sua quantidade de energia (calorias) que deve consumir diariamente, essa quantidade não deve ser ultrapassada. Os excessos devem ser evitados, priorizando sempre consumir a quantidade de calorias recomendada para você.
Lei da harmonia: Distribuir de forma harmônica os nutrientes, ingerindo todos os grupos de alimentos. Comer somente frutas e verduras, por exemplo, não é sinônimo de uma boa alimentação. É preciso somar todos os alimentos de maneira que possa existir um equilíbrio entre eles para suprir as necessidades nutricionais.
Lei da adequação: A dieta deve ser individual. Ela vai se adequar às necessidades de cada indivíduo, portanto, muito cuidado com as dietas prontas. Sua alimentação deve estar adequada a sua condição fisiológica e a sua fase de vida. Por exemplo, as necessidades nutricionais de uma gestante é diferente das de um idoso.
Planejamento alimentar:
A dieta do diabético não é tão distinta de uma dieta adequada para uma pessoa que não possui a doença. A real diferença é o cuidado e o controle com a dieta. A terapia nutricional para o paciente portador de diabetes tem por objetivo atingir e manter um perfil metabólico ótimo. Fracionar a alimentação em 5 ou 6 refeições por dia, melhora o controle glicêmico, evitando os episódios de hiperglicemia que podem ocorrer ao longo do dia.
Recomendações: que a ingestão de açúcar simples não ultrapasse mais que 10% do valor calórico total da dieta e que tal consumo deve estar inserido no contexto de uma dieta saudável, comer muita fibra, preferir a fruta ao invés de sucos.
Referências:
www.medicinageriatrica.com.br
http://saude.hsw.uol.com.br
www.scielo.br
www.diabetes.org.br
Amanda da Cunha Gomes
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