Ozônio Cura Feridas Crônicas Em Diabéticos
O gás ozônio é uma molécula altamente reativa, mas também muito instável, que é formada a partir da reorganização de átomos gerados do rompimento do oxigênio (O2), por meio de radiações ultravioletas. E é a partir deste alótropo triatômico (O3) que novas pesquisas estão sendo realizadas. Ele pode ser produzido natural e artificialmente; possibilitando, dessa maneira, a ozonoterapia, que está trazendo boas expectativas para a medicina. No entanto, este tratamento ainda não foi incluído no Sistema Único de Saúde (SUS).
No corpo humano o ozônio é produzido quando há produção de um complexo atígeno-anticorpo no organismo humano, comprovando que esta molécula faz parte do nosso sistema imunológico. O tratamento da ozonoterapia tópica realizada a hidro-ozonoterapia, bagging (mistura gasosa de O3/O2) e curativos com óleo de girassol e cremes ozonizados foram introduzidos como adjuvantes na terapia convencional.
Estudos e experimentos mostram que a ozonoterapia acelera a cicatrização de úlceras e reduz a necessidade de amputações. Esse processo: demonstrou no organismo propriedades antissépticas, as quais evitam e reduzem infecções; formou tecido de granulação, que é a cicatrização; realizou a neoangiogênese, aumentando o fluxo sanguíneo no local da ferida; promoveu a adaptação do tecido ao estresse oxidativo; estimulou o sistema imunológico; aumentou a capacidade de transporte de oxigênio por parte dos eritrócitos; e também aumentou o número de fibroblastos.
A partir de duas ou três aplicações é possível ver o início da melhora, mas é importante levar em consideração o estado imunológico do paciente, a gravidade da ferida, entre outros fatores para o andamento do tratamento até a cicatrização completa.
É preciso, portanto, que os diabéticos tenham a cada dia mais cuidado com seus membros inferiores, pois aproximadamente 15% dos diabéticos desenvolverão úlceras, das quais 15 a 20% irão requerer algum tipo de amputação. As úlceras crônicas representam, ainda, quase 50% das causas de internação dos pacientes diabéticos.
Laís Gomes Fonseca-Nutrição
Fontes: