Durante o jejum, os mamíferos, mantêm a homeostase glicêmica, por meio de uma via metabólica principal, a gliconeogênese hepática (produção de glicose pela degradação de gordura e proteína). Quando há um aumento na concentração de glucagon e epinefrina (dois hormônios essenciais na ativação da gliconeogênese) podem desencadear duas respostas: ou a fosforilação da cAMP (forma inativa) mediada pela Creb, ou a desfosforilação, por meio da Creb-2.
Embora o mecanismo não seja muito claro, parece que o mecanismo da gliconeogênese, também é controlado pelo relógio biológico, o qual coordena o metabolismo da glicose de acordo com os estímulos vindos do meio externo.
Consegue-se o controle biológico por meio de dois ativadores transcricionais chamados Clock (relógio) e Bmal1, estes, estimulam a síntese de criptocromo (Cry1 e Cry2) e também por dois inibidores chamados Periods (períodos) (Per1, Per2 e Per3), responsáveis pelo feeb-back na atividade Clock-Bmal1.
Em resumo, podemos concluir que a atividade do Creb, durante o jejum, é modulada pelos Cry1 e Cry2 que são freqüentemente expressos no fígado. A síntese de Cry1 é elevada no período dia/noite, isso reduz a expressão gliconeogênica , bloqueando os mediadores de glucagon nas concentrações de proteína quinase A e cAMP. Em vários estudos, observou-se que a Cry1 consegue regular a atividade da GPCR (proteínas acopladas receptoras) diretamente com a reação de proteínas G, auxiliando na redução do acúmulo de cAMP.
Experiências feitas com ratos, possibilitaram mostrar que a super expressão de Cry1 baixou a glicemia e aumentou a sensibilidade à insulina, e esses resultados nos permitem concluir que produtos que estimulam a produção de criptocromo podem proporcionar benefícios a indivíduos com Diabetes tipo 2.
Amanda da Cunha Gomes
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