terça-feira, 7 de dezembro de 2010

DIABETES MELLITUS GESTACIONAL (DMG)



O Diabetes Mellitus Gestacional é definido como uma intolerância a carboidratos, resultando em hiperglicemia com diferentes níveis de gravidade. Com o início ou diagnóstico no período gestacional, entre a 24ª e a 28ª semana, podendo ou não persistir após o parto.

        O DMG é associado tanto à resistência à insulina quanto à diminuição da função das células-β, que são incapazes de satisfazer as necessidades orgânicas crescentes de insulina.

        Quase todas as mulheres têm um certo grau de intolerância à glicose durante a gestação e isso ocorre devido a intensas trocas hormonais.

        A fisiopatologia está parcialmente ligada ao aumento de hormônios que contra-regulam a insulina. O hormônio que mais influencia a resistência à insulina durante a gestação é o hormônio lactogênico placentário, no entanto, sabe-se hoje que outros hormônios hiperglicemiantes como cortisol, estrógeno, progesterona e prolactina também estão envolvidos.

        A prevalência de DMG no Brasil é estimada entre 2,4% a 7,2%, dependendo da freqüência do rastreamento e dos critérios diagnósticos utilizados.
       
        É de extrema importância diagnosticar DMG para que seja feito o tratamento, pois se não tratada o risco é elevado tanto para a mãe, que pode sofrer rotura prematura de membranas, parto pré-termo, feto com apresentação pélvica, feto macrossômico e também risco elevado de pré-eclâmpsia. Como para o feto que está sujeito macrossomia, desenvolvimento de síndrome de angústia respiratória, cardiomiopatia, icterícia, hipoglicemia, hipocalcemia, hipomagnesemia e policitemia com hiperviscosidade sangüínea.




Fatores de risco

• Idade superior a 25 anos;
• Obesidade ou ganho excessivo de peso na gravidez atual;
• Deposição central excessiva de gordura corporal;
• História familiar de diabetes em parentes de 1° grau;
• Baixa estatura;
• Crescimento fetal excessivo, polidrâmnio, hipertensão ou pré-eclâmpsia na gravidez atual;
• Antecedentes obstétricos de morte fetal ou neonatal, macrossomia ou diabetes gestacional.

Tratamento

O tratamento dietético deve ser acompanhado e bem orientado para que o ganho de peso seja adequado de acordo com o estado nutricional da gestante avaliado pelo índice de massa corporal pré-gravídico. As recomendações médicas são a taxa de carboidratos na dieta manteve-se entre 35% a 65% das calorias e objetivou-se restrição calórica e de carboidratos para melhor controle glicêmico. Mas é também necessário manutenção da oferta de proteína, a qual influenciará no crescimento fetal adequado e para garantir o aumento da produção de insulina necessário na gestação. Se o controle glicêmico não é suficiente por meio da alimentação, o tratamento com insulina passa a ser necessário.

Fiquem atentos os adoçantes artificiais não calóricos podem ser utilizados na alimentação, mas devem-se evitar adoçantes à base de sacarina.

O exercício físico pode auxiliar na redução e o controle da glicemia. Logo as gestantes que possuem DMG devem fazer exercícios físicos também como forma de tratamento. Quando sedentárias, deve-se dar início a caminhadas e a exercícios de flexão do braço. Pacientes que já possuíam uma rotina com exercícios devem continuar, mas é importante que haja um acompanhamento médico para evitar complicações.


Laís Gomes Fonseca- Nutrição


Nenhum comentário:

Postar um comentário